Hino Homérico à Afrodite
Os labores, ó Musa, relata da crísea Afrodite, A de Chipre, que aos deuses o doce desejo infundiu, E o domínio estendeu sobre a raça dos homens mortais, E das aves que voam nos céus, e de todas as feras, Tudo quanto na terra se cria e no mar se alimenta. Pois a todos cuidou Citeréia das belas coroas. Três somente das deusas não pôde, e jamais poderá. Do porta-égide Zeus donzela, olhos glaucos Atena, Porque não os labores lhe agradam da crísea Afrodite, Mas na guerra, ao contrário, se apraz, no trabalho de Marte, Na disputa e na luta, e ensinar os preclaros fazeres. A primeira que aos homens terrenos fabis ensinou Construir carruagens e carros de bronze enfeitados. Ela, ainda, às donzelas delgadas, dos mégarons dentro, Ensinou artes úteis, na mente de cada insinuando. Nem também a de setas douradas Diana estourada, Subjugar ao amor conseguiu a ridente Afrodite, Pois agradam-lhe os arcos e aos montes as feras buscar, Mais as cítaras, cores e o claro clangor estridente, Mais os bosques d