Invocação para Samhain
Deusa da face branca, que sopra a mortalha, nós que amamos você a invocamos e pedimos que compartilhe conosco esta celebração, dentro do Círculo Sagrado. Estamos reunidos entre os mundos para adorá-la e nos regozijarmos em seu complacente amor, oh, Mãe de todos nós.
Temível das Sombras, nós que amamos você o invocamos. Não tememos sua face de morte, pois sabemos que em seu reino há amor e paz para todos. Esteja conosco nessa noite, onde os véus se levantam, oh, pai que guarda o reino do Caldeirão do Renascimento da Grande Mãe.
Nesta noite, celebramos um novo ano. Com vocês giramos a Roda observando que as noites crescem e os dias diminuem.
Mas a promessa da primavera está sempre presente em seu coração. Os campos foram colhidos e agora é tempo de colhermos a semente de nossas vidas, que têm crescidos em função.
É hora também de colhermos a retribuição justa pelo que cultivamos no ano e agradecer.
À medida que as folhas caem para dar as boas-vindas ao inverno, permita que nossa mente se prepare para o que está por vir. Nutra-nos com força para a próxima estação do crescimento. Que nossos espíritos e mentes descansem nesse período, seguindo exemplo da Terra.
O Senhor da Dança da Morte agora passeia colhendo para si os cansados, que repousarão na paz do País onde sempre é verão, antes que possam renascer. Ouvimos o chamado dos seus chifres no vento gelado da noite, conforme passeia pelas árvores.
Esse é o momento em que o véu entre os mundos está mais fino, quando os espíritos daqueles que se foram caminham entre nós. Essa é a noite da magia, a passagem de um ano para outro, quando o velho torna-se novo e tudo o que não pode ser visto torna-se visível.
Acenderemos nossa vela na janela para guiar os espíritos de nossos Ancestrais e dançaremos em alegria juntos mais uma vez. Contaremos suas histórias e cantaremos suas canções para que o círculo nunca se quebre.
Que possamos nos regozijar naquilo que possuímos, enquanto fazemos planos para o futuro, pois em breve plantaremos as sementes dos nossos desejos no ventre da Terra, até que as primeiras chuvas da primavera caiam e a luz crescente do Sol desperte-as, fazendo-as florescer em vida.
Unam-se a nós, Antigos, Espíritos primordiais da Criação e da Natureza.
E assim recebam nossas reverências, nosso amor e nossa devoção.
Que assim seja!
Extraído do livro: A arte da invocação, do autor Claudiney Prieto.
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