Leituras de 2015
Estou lendo o Almanaque do Pensamento 2015 e me deparo com um artigo chamado "O que é mais importante? O celular ou o ser humano?"
A resposta a essa pergunta veio na minha cabeça: para mim é o ser humano, mas para o mundo é o celular.
Hoje em dia as pessoas estão preferindo conversar pelo WhatsApp do que pessoalmente. Não sei se avida anda corrida demais ou se o ser humano está menos sociável. Às vezes parece que são todos robôs programados para só falar por meios eletrônicos, que se saem na chuva se molham e quebram, que se interagirem com outros vão adoecer, ou algo do tipo.
Logo no início do artigo tem uma frase que me chamou a atenção por ser exatamente o que penso de tudo isso. A frase é: "Algumas vezes eu poderia amaldiçoar o celular."
Continuando a leitura me deparei com outra pergunta: "Vocês podem imaginar como é irritante ser ignorado e ficar sentado aqui feito bobo?" Esta frase se refere a uma passagem em que o autor estava contado que ocorreu na vida dele em que ele era um visitante com duas pessoas que ao invés de recepcioná-lo bem, estavam ao celular, deixando ele no vácuo. Eu me sinto exatamente assim quando vejo gente no celular num local onde deveria haver conversas, alegria e pessoas interagindo. Pior é que até em sala de aula isso acontece. Deveria ser proibido aluno que passa a aula inteira no celular continuar o curso. Estão tirando a vaga de quem realmente quer estudar e aprender. Tira a atenção tanto dos colegas que estão próximos quanto dos professores que param sua aula para chamar a atenção desse povo sem noção. Fora o povo que é uma mão no volante do carro e outra no celular. Se confiam que o trânsito tá parado e ficam de bate-papo. Quando acontece um acidente, nunca é culpa deles e sim, do outro que atravessou na frente deles. É realmente irritante isso!
Outra frase que achei foi: "Naturalmente não é culpa do celular." E realmente não é. É culpa do ser humano que segura o celular. As pessoas deveriam se conscientizar de quando é hora ou não de utilizar o celular ou qualquer outro meio eletrônico em determinado ambiente.
Outra pergunta bem impactante foi: "Será que falar ao celular a todo momento não é um modo de demonstrar importância?" Deve ser pois, a maioria que vejo falando ao celular, fala alto. Deve ser o jeito deles de dizer que é alguém. Tem gente que fala tão alto que irrita. Na biblioteca vejo muitos assim. E logo na biblioteca que deveria ser um local de silêncio total para que se possa estudar e se concentra nos estudos! Ô povo sem noção!
Outra frase bem expressiva foi: "...vocês não contam para nada. Para mim, vocês não existem." Era uma frase longa que basicamente falava sobre o ser que falava ao celular com o olhar no vazio sem dar importância a ninguém. Ás vezes sem dar importância até mesmo a quem está ao telefone, eu diria. Eu sei disso pois também faço isso vez ou outra. Mil e uma coisa para fazer, milhares de coisas para estudar, fora o trabalho com a Avon que tá tirando todo meu tempo e meu juízo. As pessoa ligam para mim sempre nos momentos mais críticos. Aí eu tento fazer duas ou três coisas ao mesmo tempo: falar com a pessoa ao celular, tentar resolver o problema dessa pessoa e ainda fazer o que eu estava fazendo quando foi interrompida pelo telefone. Ufa! Me dei conta há muito tempo de que isso não é nada humano. E lendo o artigo ficou mais arraigado na alma esse fato.
Em uma das últimas frases do texto o autor diz: "... nosso mundo se tornou mais frio, menos amigável por isso. Será que não podemos mudar nada nele?" Eu notei isso faz tempo. E a resposta é: Sim, podemos mudar, mudar tudo. Mas, ninguém ou quase ninguém quer mudar. A mudança assusta as pessoas. Principalmente quando a mudança é de hábitos que eles consideram comum. Para muitas pessoas ficar sem celular é a morte. Eu já fui uma delas. Hoje não sou mais. E espero que agora, como mais consciência disso nunca mais volte a ser dependente do celular.
Que os Deuses me ajudem a ser uma pessoa melhor a cada dia!
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