Hino à Vênus:

A Origem da Deusa Vênus – Tradução de H. Wagenvoort – Frente ...

Eis aqui uma tradução do Hino à Vênus que se encontra no artigo abaixo:

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1- Geradora dos Enéadas, prazer dos homens e dos deuses 

2- Ó Vênus nutriz, sob sinais correntes do céu 

3- Tu que o mar navegável, e que as terras fecundas 

4- Povoas, porque através de ti toda raça dos animais 

5- É concebida e, nascida, contempla os raios do sol: 

6- De ti, ó deusa, de ti fogem os ventos, de ti as nuvens do céu, 

7- E do teu advento, para ti a terra engenhosa 

8- Oferece as agradáveis flores, para ti riem as planícies do mar

9- E o plácido céu com a difusa luz brilha. 

10- Pois, logo que a beleza primaveril do dia se iluminou 

11- E a brisa revelada do fecundo favônio floresce 

12- Primeiramente, as aves aéreas anunciam-te, ó deusa, 

13- E a tua chegada, abaladas em seus corações com tua força. 

14- Ali, os animais selvagens percorrem os férteis pastos 

15- E atravessam os rios impetuosos: deste modo, cada um, prisioneiro de tua beleza, 

16- Segue-te avidamente para onde tu continuas a induzi-lo. 

17- Por fim pelos mares e pelos montes, pelos rios impetuosos, 

18- E pelas frondosas moradas das aves, e pelos campos verdejantes, 

19- Em todos inspirando no peito um agradável desejo, 

20- Tu fazes com que avidamente as gerações se propaguem por espécies. 

21- Já que, sozinha, governas a natureza das coisas 

22- E sem ti nada para os divinos contornos da luz 

23- Sai, e nada se faz contente nem amável, 

24- Desejo que tu sejas companheira para escrever esses versos, 

25- Os quais eu acerca da natureza das coisas empreendo compor 

26- Para o nosso Mêmida, a quem tu, ó deusa, em todo tempo, 

27- Ornado, desejaste exceder sobre todas as coisas. 

28- Por isso dá, ó deusa, mais beleza perpétua às palavras. 

29- Faze com que durante esse tempo os violentos espetáculos de toda guerra 

30- Pelos mares e pelas terras, adormecidos, repousem. 

31-Porque tu, sozinha, podes com a serena paz favorecer 

32- Os mortais, pois que os violentos trabalhos da guerra Marte, 

33- Belicoso, dirige, que muitas vezes para o teu seio 

34- Lança-se, vencido pela eterna ferida do amor, 

35- E desse modo, contemplando, o polido pescoço tendo sido reclinado, 

36- Nutre os ávidos olhos com amor, desejando a ti, ó deusa, 

37- E, igualmente, da tua boca pende a respiração daquele que está deitado. 

38- Tu, ó deusa, sobre este que se deita, com teu corpo sagrado, 

39- Envolvida, agradáveis palavras da boca verte, 

40- Solicitando, ó ilustre, a branda paz aos romanos. 

41- Por isso, neste tempo inimigo da pátria, nem agir 

42- Podemos com ânimo justo, nem a gloriosa raça de Mêmio, 

43-Faltar em tais coisas à salvação comum. 

44- De fato, é necessário que por si toda natureza dos deuses 

45- Usufrua com suma paz de tempo perpétuo, 

46- Afastada e separada há muito dos nossos assuntos; 

47- Pois, privada de toda dor, privada de males, 

48- Excedendo a si mesma com seus recursos, desejosa de nada nosso, 

49- Nem é efetivamente seduzida por favores, nem é tocada por ira.

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