Março
Mês dedicado ao Deus Romano Marte ou Marvos, padroeiro da guerra e da agricultura.
Apresentava-se sob 3 aspectos:
- Gradivus o Deus da Guerra;
- Silvanus, o Deus silvestre dos campos e dos bosques;
- Quirinus, o padroeiro do estado romano.
Sua consorte era Nerine ou Nereis, a Deusa da Guerra, equivalente à Deusa Romana Bellona.
Na Irlanda, este mês era chamado Mian Mharta, enquanto os saxões o chamavam Lentzinmonath, o mês da renovação.
No calendário sagrado druídico, a letra Ogham correspondente é Nuin e a árvore é o freixo. O lema do mês é "liberte-se das amarras e livre-se dos conflitos".
As pedras sagradas são o jaspe sanguíneo e a água-marinha.
As Divindades regentes são: Marte, Vesta, Rhiannon, Ísis, Juno, Flora, Anna Perenna, Ua Zit, Reia, Astarte, Atena, Eostre, Sheelah Na Gig, Cibele, Bast, Maat, Ártemis, Ishtar e Anu.
Os povos nativos nomearam este mês de várias formas: Lua da tempestade, Lua dos ventos, Lua do arado, Lua das sementes, Lua do corvo, Lua da seiva e mês da renovação.
Para os romanos, este mês representava o início do Ano Novo, começando no equinócio de primavera, em torno do dia 21, data mantida até hoje como o início do Ano Zodiacal.
Os gregos renovavam o fogo sagrado em suas lareiras, invocando a proteção da Deusa Vesta para seus lares.
As mulheres romanas louvavam a Deusa Juno Lucina, a protetora das crianças, das mulheres e das famílias.
Na Grécia antiga, comemorava-se a chegada da primavera com competições esportivas e artísticas dedicadas à Deusa Atena, com a festa das flores Anthesteria homenageando a Deusa Flora e com as procissões de Junonália, para a Deusa Juno.
Em Canaã, celebrava-se a Deusa Astarte com oferendas de ovos pintados de vermelho, simbolizando o despertar da Natureza e a energia de um novo ciclo.
Na Europa, faziam-se oferendas de ovos coloridos para a Deusa da fertilidade e do renascimento Eostre, cujo nome originou a palavra anglo-saxã Easter (Páscoa) e a raiz do nome do hormônio feminino, estrogênio.
Nos países celtas, celebravam-se várias Deusas:
- Rhiannon, Deusa do amor;
- Sheelah Na Gig, Deusa da sexualidade;
- Anu, Deusa da abundância.
As comemorações da Deusa romana da terra, Cibele, reencenavam os antigos mistérios da morte/renascimento, representados pela ressurreição de seu filho e consorte Attis, enquanto que as celebrações da Deusa Anna Perenna visavam atrair a fertilidade, a prosperidade e a abundância da terra.
No Egito, comemorava-se:
- Ísis, a Deusa dos mil nomes;
- Bast, a Deusa solar;
- Ua Zit, a Deusa serpente;
- Maat, a Deusa da justiça.
No Japão, o Festival das Bonecas Hina Matsuri homenageava as Deusas-meninas.
Na China, comemorava-se a Deusa do céu Hsi Wang Mu.
Na Índia, as mulheres reverenciavam Gauri, a protetora dos casamentos.
O festival inca Pacha Puchy era dedicado ao amadurecimento da terra e das colinas.
Fonte:
FAUR, Mirella. O Anuário da Grande Mãe: Guia prático de rituais para a Deusa. p.83-84. 2.ed. São Paulo: Alfabeto, 2016.
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